segunda-feira, 14 de maio de 2012

Precipitação Convectiva


Precipitação Convectiva
Ondas de Leste Precipitação convectiva causada por uma estreita faixa de baixas pressões que ocorre sobre os oceanos entre as latitudes 5o e 30o, dentro da cintura de ventos alíseos. Nunca ocorre no Equador.
À superfície, uma zona de baixas pressões fracas causa um ligeiro distúrbio que avança como uma onda, para oeste, a cerca de 300 a 500 km por dia. O ar à superfície, após a onda passar, ou seja, a este desta, é elevado por convergência produzindo aguaceiros fortes ou trovoadas por um ou dois dias.
Baixa Pressão Equatorial Uma perturbação atmosférica que ocorre quando as massas de ar úmido equatorial convergem para o centro de uma faixa de ciclones fracos que se desenvolve na cintura de ventos de altitude equatoriais (ventos de este que sofrem pouco ou nada o efeito de Coriolis). O resultado são um conjunto de tempestades individuais (precipitação convectiva) que ocorre atrás dessa linha, ou faixa, de baixas pressões fracas.
Bom Tempo,
Aguaceiros ou Trovoadas
Uma massa de ar, ou apenas uma pequena bolha, aquece mais que o ar circundante. O ar é forçado a elevar-se pois é menos denso que o ar circundante até atingir o ponto de condensação, formando uma nuvem cúmulos. Se o ar estiver muito quente e úmido, ou se a temperatura circundante arrefecer mais depressa com a altitude, continuará a subir, se não acaba por se evaporar. As razões que levam a isto podem ser várias:
  • uma planície ou campo aberto no meio de uma floresta;
  • ar muito úmido do oceano que passa por uma zona de forte insolação;
  • massas de ar quente e úmido nas regiões equatoriais e tropicais;
  • precipitação orográfica em que os ventos obrigam o ar a uma condensação muito rápida.
Chuva Forte 
 
Quando o ar se encontra instável, ou seja, quando o ar está muito quente e úmido e a temperatura circundante arrefece mais depressa com a altitude do que a bolha de ar ascendente, a nuvem cúmulos pode desenvolver-se numa densa cumulonimbos. Porquê? Primeiro, a bolha de ar encontra-se à partida muito mais quente que o ar circundante, impedindo que o vento a misture com o ar circundante à medida que ela se eleva. Segundo, o ar encontra-se muito úmido o que, pela lei da adiabática úmida, resultará num arrefecimento de apenas 4o C por 1 000 m de altitude, enquanto o ar circundante arrefecerá mais depressa. Quanto maior a diferença de temperatura, mais depressa a bolha de ar subirá, numa coluna ascendente, formando uma nuvem densa em altitude e muita precipitação. Quando a nuvem já libertou o calor latente do vapor de água, a camada de ar dissipa-se.

 
Tempestades e Trovoadas

Já vimos que, devido ao ar instável, ou seja, o ar está muito quente e úmido e a temperatura circundante arrefece mais depressa com a altitude do que a bolha de ar ascendente, a nuvem cúmulos pode desenvolver-se numa densa cumulonimbus. Mas, se existirem muitas destas bolhas de ar, a densa cumuloninbos continuará a subir até chegar a altitudes de 6 a 12 km, zona esta em que os fortes ventos de altitude arrastam parcialmente parte da nuvem, dando-lhe um aspecto de bigorna. Os fortes ventos que elevam as bolhas de ar (tão mais fortes quanto a altitude que a nuvem atinge), criam fortíssimas correntes de ar ascendentes e descendentes que produzem efeitos característicos:

  • os cristais de gelo que se formam a grandes altitudes são forçados para baixo, misturando-se com a neve e derretendo-se parcialmente dando origem a granizo;
  • as correntes descendentes, frias, espalham-se ao embater na superfície levando à elevação de mais ar quente que alimenta a corrente ascendente;
  • as correntes descendentes dão origem a rajadas de vento fortíssimas responsáveis pela queda de árvores e levantamento de telhados;
  • as correntes de ar quente ascendente e ar frio descendente podem levar à criação de cargas eléctricas positivas e negativas em zonas diferentes da nuvem, originando relâmpagos.
Quando a nuvem se estende a tais alturas, abrange três zonas: o vapor de água condensa-se em água, em neve e água, e em cristais de gelo. Os fortes ventos que elevam as bolhas de ar (tão mais forte quanto a altitude que a nuvem atinge), criam correntes de ar ascendentes e descendentes que alimentam a possibilidade de se formar granizo, relâmpagos e até mesmo tornados (em situações muito específicas).

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