sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Aviões causam buracos em nuvens, diz estudo




O buraco no céu que você vê acima pode parecer mas não é um fenômeno sobrenatural. É um acontecimento incomum, mas, aberturas como essa, localizada no céu de Denver, devem-se a uma mudança de temperatura causada pela passagem de aviões, afirma pesquisa.

O mais completo estudo sobre esse tipo de abertura acaba de ser divulgado no boletim de junho da American Metereological Society . Os cientistas do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR), de Colorado, apresentam diversos casos – que começam em 1940, quando um avião deixou um rastro horizontal nas nuvens.


As nuvens possuem gotículas extremamente frias, mas em condições curiosas. De acordo com a pesquisa, elas têm temperatura de -10ºC a –40ªC, dependendo da altitude, e ainda assim permanecem na forma líquida. 
No caso de Denver acima (que possibilitou a pesquisa), duas aeronaves passaram pelo local pouco antes do buraco. Com instrumentos de medição, os pesquisadores voaram pelo buraco e entenderam que o movimento de pingos de água supercongelada saindo dos propulsores dos aviões foi suficiente para iniciar uma rápida reação de congelamento das gotículas nas nuvens. Elas se transformaram em cristais de gelo e caíram na superfície da terra em forma de flocos de neve. E assim surge uma imagem dessas.

Os pesquisadores afirmam que a probabilidade desse fenômeno acontecer é maior com aviões à jato, que voam em altitudes maiores, onde a nuvem é mais fria. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Impactos de um furacão no oceano



Os furacões têm feito história e deixado suas marcas não só sobre a terra, mas também em águas costeiras. O que será que acontece quando um furacão atinge o mar?
Muita coisa. Seus ventos fortes misturam a água do oceano, trazendo nutrientes para a superfície em um momento em que as águas quentes de verão são muitas vezes pobres em nutrientes. A presença de nutrientes é um estímulo para as algas crescerem, criando grandes florações de algas. Grandes mesmo.
Como pode ser visto nestas imagens do satélite Aqua da NASA, que detecta a clorofila de superfície, antes e depois da passagem do furacão Irene, respectivamente, a clorofila ao longo da costa mudou drasticamente. Nos locais onde a imagem é mais clara, a concentração de clorofila é maior naquele espaço.
Devido a um grande aumento de algas ao longo da costa, a concentração de clorofila nas costeiras aumentou 10 vezes. As imagens mostram como o furacão Irene, com a sua mistura intensa, reformulou a estrutura da proliferação de algas existentes.
A maior quantidade de clorofila é evidente após a passagem de furacões por três razões: mistura e faz ressurgir nutrientes, induzindo o crescimento de algas; por causa da agitação da água, a clorofila do mais profundo dos mares é trazida à superfície; e as algas que surgem são redistribuídas para outras áreas. Por conta do furacão Irene, é provável que esses três processos estejam ocorrendo atualmente.
Agora, órgãos governamentais colhem amostras dessas águas costeiras em busca de algas nocivas, bactérias, pesticidas e sedimentos, para garantir a saúde pública e a boa pesca logo após a tempestade.
Dados de satélite dão a esses órgãos avaliações sobre quando e onde há áreas potencialmente problemáticas, para facilitar ações imediatas. Pelo menos na água, os danos podem ser mais rapidamente resolvidos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Como é o olho de um tornado?

Dentro do tornado

Há o registro de apenas duas pessoas que alegam ter ficado no centro de um tornado e sobrevivido. Ambos eram fazendeiros. O primeiro foi Will Keller de Greensburg, Kansas.
Em 22 de junho de 1928, o Sr. Keller estava com sua família, vendo a destruição que uma recente chuva de granizo havia causado em sua plantação de trigo. Ele observou uma nuvem em formato de guarda-chuva a uma curta distância e sentiu que um tornado poderia se formar. Pouco tempo depois, havia três nuvens em formato de funil indo em sua direção rapidamente. Keller correu com sua família para um abrigo e, antes de ser atingido, decidiu olhar novamente. Ele não sentiu medo porque já tinha visto muitos tornados ao longo dos anos, porém permaneceu cauteloso. Keller disse que ficou paralisado pelo tornado e que manteve sua posição até que ele ficasse exatamente sobre sua cabeça.
Dentro da nuvem do redemoinho, Keller disse que tudo era "silencioso como a morte". Ele relatou um cheiro forte de gás e disse que teve dificuldade para respirar. Quando olhou para cima, viu uma abertura circular diretamente sobre sua cabeça, que estimou ter cerca de 15 a 30 metros de diâmetro e 1.600 metros de altura. A parede de nuvens em rotação ficou nítida devido à ocorrência de relâmpagos que "aconteciam de um lado a outro". Keller também notou uma série de outros tornados menores se formando e enfraquecendo, gerando um barulho semelhante a um assobio alto. O tornado acabou desviando de sua casa e destruindo a casa de seu vizinho.
O segundo registro, de Roy Hall, endossa a história de Keller. Hall era um fazendeiro que plantava soja em McKinnet, Texas. Em uma tarde de primavera em 1951, Hall e sua família estavam no quintal se sua casa quando avistaram uma perigosa tempestade se aproximando. Ele pediu a sua esposa e seus filhos que se escondessem sob a cama, mas permaneceu fora para observar a tempestade que se aproximava. Ele alega ter visto uma chuva esverdeada antes do tornado se formar. Depois que um granizo do tamanho de uma bola de baseball cair, ele resolveu entrar. Depois ele ouviu um estrondo alto seguido por um completo silêncio. As paredes começaram a chacoalhar e, para sua surpresa, o telhado de sua casa foi arrancado e atirado para longe. Nesse momento, ele olhou para cima e percebeu que o tornado estava exatamente sobre sua cabeça. Ele descreveu o interior como uma suave parede de nuvens com tornados menores circulando internamente antes de enfraquecerem. Novamente, relâmpagos constantes criavam uma luz azulada que permitia a ele observar tudo com clareza. De repente, o tornado passou e o céu voltou a ficar ensolarado. A mesma tempestade matou 100 texanos, mas Hall e sua família sobreviveram.



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Japoneses criam um simulador de tornados

 
Em um esforço para compreender de que forma os fenômenos meteorológicos extremos causam danos estruturais, quatro organizações japonesas estão desenvolvendo um simulador de tornados.
O simulador tem 1,5 metros de diâmetro. Ele é montado em uma estrutura de 2,3 metros de altura e 5 metros de largura. O simulador pode gerar a velocidade máxima do vento, de 15 a 20 metros por segundo, o suficiente para simular uma tempestade de tamanho F3.
Na Escala do Japão, uma tempestade de tamanho F3 é poderosa o suficiente para arrancar árvores de grande porte, levantar e arremessar carros, derrubar paredes e destruir estruturas de aço.
Hoje em dia, além da repetição das temperaturas recordes do verão passado, que levaram cerca de 170 pessoas a morte por insolação, o número de furacões poderosos que assola o país pode ter aumentado.
Os pesquisadores afirmam que estão construindo o simulador justamente porque tem havido muitos relatos mais graves em danos estruturais nos últimos anos, em comparação aos anos passados.
Segundo os cientistas, o dispositivo criado é totalmente inovador. Um simulador com a capacidade de gerar uma tempestade de tamanho F3 nunca tinha sido feito no Japão. Eles planejam testar o dispositivo através da construção de casas modelo que se encaixem no padrão do simulador.