quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sistema Frontal

O que é um Sistema Frontal?

Um sistema frontal consiste numa sucessão de várias frentes. Entende-se por frente ou superfície frontal a linha de contacto entre duas massas de ar contíguas e que diferem na temperatura e na densidade. Uma superfície frontal caracteriza-se por uma forte instabilidade atmosférica, por ser um mecanismo que força a ascensão do ar quente.
Uma perturbação frontal é constituída por duas frentes: uma frente fria e uma frente quente. A frente fria consiste no avanço do ar frio posterior sobre o ar quente. O ar frio, por ser mais denso, introduz-se como uma cunha por baixo do ar quente, obrigando-o a subir de forma abrupta e rápida, originando nuvens de grande desenvolvimento vertical - com fortes aguaceiros de curta duração. Numa frente quente o ar quente, por ser mais leve e menos denso, avança gradualmente sobre o ar frio anterior, arrefecendo mais lentamente, havendo formação de nuvens de desenvolvimento mais horizontal, podendo não ocorrer precipitação.

Frente fria

Frente fria é a borda dianteira de uma massa de ar frio, em movimento ou estacionária. Em geral a massa de ar frio apresenta-se na atmosfera como um domo de ar frio sobre a superfície. O ar frio, relativamente denso, introduz-se sob o ar mais quente e menos denso, provocando uma queda rápida de temperatura junto ao solo, seguindo-se tempestades e também trovoadas.
A chuva para abruptamente após a passagem da frente.
As frentes frias chegam a deslocar-se a 64 km/h.
Uma frente fria é uma zona de transição onde uma massa de ar frio (polar, movendo-se para o equador) está a substituir uma massa de ar mais quente e úmido (tropical, movendo-se para o pólo).
As frentes frias deslocam-se dos pólos para o equador. Predominante de Noroeste, no Hemisfério Norte, e de Sudoeste no Hemisfério Sul. Não estão associadas a um processo suave: as frentes frias movem-se rapidamente e forçam o ar quente a subir. Quando uma frente fria passa, a temperatura pode baixar mais de 5 ºC só durante a primeira hora. Quando uma frente deixa de se mover, designa-se por frente estacionária.
O ar frio eleva o ar quente à sua frente e este vai arrefecendo à medida que é obrigado a subir. Desde que seja suficientemente húmido, o ar quente condensa formando cumulus e depois cumulonimbus, que produzem uma frente de trovoadas e cargas de água fortes com rajadas.
Na aproximação da frente fria ocorre o aumento da temperatura do ar e a diminuição da pressão barométrica. Após a sua passagem ocorre a diminuição da temperatura do ar e o aumento da pressão barométrica.
Os ventos altos soprando nos cristais de gelo no topo dos cumulonimbus geram cirrus e cirrostratus que anunciam a frente que se aproxima. Depois de a frente passar, o céu acaba por clarear aparecendo alguns cumulus de bom tempo (cumulus humilis). Ocorre também uma considerável queda na temperatura do ar, uma vez que a massa de ar frio passa então a dominar a dinâmica atmosférica desta região.
Se o ar que se eleva é quente e estável, as nuvens predominantes são stratus e nimbostratus, podendo-se formar nevoeiro na área de chuva. Se o ar for seco e estável, o teor de umidade no ar aumentará e aparecerão somente nuvens esparsas, sem precipitação.
Uma frente fria é representada simbolicamente por uma linha sólida com triângulos que apontam para o ar quente e na direcção do movimento.


Frente quente

Frente quente é a parte dianteira de uma massa de ar quente em movimento.
O ar frio é relativamente denso e o ar quente tende a dominá-lo, produzindo uma larga faixa de nuvens e uma chuva fraca e persistente e às vezes nevoeiro esparso.
As frentes quentes tendem a deslocar-se lentamente e podem ser facilmente alcançadas por frentes frias, formando frentes oclusas. Quando uma frente deixa de se mover, designa-se por frente estacionária.
Uma frente quente é uma zona de transição onde uma massa de ar quente e úmida está a substituir uma massa de ar fria. As frentes quentes deslocam-se do equador para os pólos. Como o ar quente é menos denso que o ar frio, a massa de ar quente sobe por cima da massa de ar mais frio e geralmente ocorre precipitação.
Muitas vezes, uma camada de nuvens finas (cirrus) é observada a mais de 1000 km à frente da superfície da frente quente (umas 48 horas antes dela chegar a esse local). Depois surgem cirrostratus e altostratus. A uns 300 km antes da frente surgem então stratus e nimbostratus e eventualmente começará a cair uma chuva leve. Depois da frente passar, observam-se cumulus de bom tempo.
A temperatura eleva-se já ligeiramente antes da chegada da frente quente, porque as nuvens aumentam localmente o "efeito de estufa" na atmosfera, absorvendo radiação da superfície terrestre e emitindo radiação de volta à superfície.
A precipitação associada com uma frente quente antecede-a e alguma da água da chuva que cai no ar mais frio pode evaporar-se e saturar o ar, originando o aparecimento de stratus. Por vezes, essas nuvens crescem rapidamente para baixo e podem originar falta de visibilidade. Se a temperatura está mais fria, também podem ocorrer nevoeiros antecedendo a chegada da frente quente.
As nuvens mais pesadas (cumulus e cumulonimbus), embora sejam mais comuns nas frentes frias, podem também ocorrer com frentes quentes. Ocasionalmente, quando o ar quente que se eleva é instável e as temperaturas nos dois lados da frente são contrastantes, os cirrus podem ser seguidos de cirrocumulus e depois de cumulonimbus e trovoadas.

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