Os furacões têm feito história e deixado suas marcas não só sobre a
terra, mas também em águas costeiras. O que será que acontece quando um
furacão atinge o mar?
Muita coisa. Seus ventos fortes misturam a água do oceano, trazendo
nutrientes para a superfície em um momento em que as águas quentes de
verão são muitas vezes pobres em nutrientes. A presença de nutrientes é
um estímulo para as algas crescerem, criando grandes florações de algas.
Grandes mesmo.
Como pode ser visto nestas imagens do satélite Aqua da NASA, que
detecta a clorofila de superfície, antes e depois da passagem do furacão
Irene, respectivamente, a clorofila ao longo da costa mudou
drasticamente. Nos locais onde a imagem é mais clara, a concentração de
clorofila é maior naquele espaço.
Devido a um grande aumento de algas ao longo da costa, a concentração
de clorofila nas costeiras aumentou 10 vezes. As imagens mostram como o
furacão Irene, com a sua mistura intensa, reformulou a estrutura da
proliferação de algas existentes.
A maior quantidade de clorofila é evidente após a passagem de
furacões por três razões: mistura e faz ressurgir nutrientes, induzindo o
crescimento de algas; por causa da agitação da água, a clorofila do
mais profundo dos mares é trazida à superfície; e as algas que surgem
são redistribuídas para outras áreas. Por conta do furacão Irene, é
provável que esses três processos estejam ocorrendo atualmente.
Agora, órgãos governamentais colhem amostras dessas águas costeiras
em busca de algas nocivas, bactérias, pesticidas e sedimentos, para
garantir a saúde pública e a boa pesca logo após a tempestade.
Dados de satélite dão a esses órgãos avaliações sobre quando e onde
há áreas potencialmente problemáticas, para facilitar ações imediatas.
Pelo menos na água, os danos podem ser mais rapidamente resolvidos.
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