sábado, 12 de maio de 2012

Centros de Pressões: Anticiclones e Ciclones

A Terra encontra-se coberta pela atmosfera, logo existe sempre um certo nível de pressão atmosférica em qualquer ponto do planeta. No entanto, e como já vimos, a pressão varia consoante a temperatura e a altitude, como se fosse um lençol todo aos altos e baixos. Nos pontos em que as pressões se encontram mais altas ou mais baixas dizemos que existem centros de altas ou baixas pressões, sendo que a pressão atmosférica em volta destes centros se pode estender (alta ou baixa, de acordo com o seu centro) por áreas mais ou menos extensas.
Anticiclones

Centros de Altas Pressões
Ciclones

Centros de Baixas Pressões
O ar movimenta-se:
  • numa espiral com ventos para o exterior;
  • de modo descendente.
O ar movimenta-se:
  • numa espiral com ventos para o interior;
  • de modo ascendente.
A espiral movimenta-se para:
  • a direita no hemisfério norte;
  • a esquerda no hemisfério sul
A espiral movimenta-se para:
  • a esquerda no hemisfério norte;
  • a direita no hemisfério sul
Associado a ventos fracos e bom tempo, pois quando o ar desce não leva à condensação. Associado a ventos fortes e mau tempo, pois quando o ar sobe leva à condensação.

Então, os anticiclones acontecem quando está calor e os ciclones quando está frio? Sim, os anticiclones estão associados ao calor e os ciclones ao frio; mas não, o funcionamento dos centros de pressão não é assim tão simples.
O planeta encontra-se coberto por massas de ar, que podem ser grandes ou pequenas, com características próprias: umas muito quentes, outras apenas quentes, outras mais ou menos e por aí fora até chegar às massas muito frias. Portanto, podem existir anticiclones (associados ao calor) com massas de ar mais frescas enquanto outros têm massas de ar muito quentes, causando à mesma contrastes de temperatura - lembrem-se a temperatura pode ser mais quente num objecto do que noutro independentemente de estarmos a falar de temperaturas muito altas ou não.
Então, afinal, como é que se formam os centros de pressão? Quando uma superfície (seja água ou terra) fica muito quente aquece o ar à sua superfície para uma temperatura superior às das massas de ar em sua volta. O aquecimento cria uma subida da pressão atmosférica que eleva a massas de ar - para longe da zona de aquecimento. Quando a massa de ar sobe, à superfície vai surgir uma baixa pressão que atrai mais ar para a zona de aquecimento. Entretanto, ao subir, pelo processo adiabático, a massa de ar vai arrefecendo, podendo levar à condensação. Formou-se um Ciclone.
E os Anticiclones? Se a superfície, ao invés de estar muito quente, se encontrar fria, vai arrefecer a massa de ar à sua superfície provocando uma alta pressão - o ar não sobe e não sofre condensação. Entretanto, não podemos esquecer a circulação do ar de pressões altas para baixas: se o ar à superfície fica muito denso, então, comparativamente, a pressão estará mais alta em altitude e o ar descerá. Recordam-se dos processos adiabáticos? Quando uma massa de ar desce ganha calor latente e afasta-se do ponto de condensação - o bom tempo associado aos anticiclones. Os ventos que se criam, por sua vez, são empurrados para zonas com pressões mais baixas (junto da superfície).
Ainda acham confuso? Então não há nada melhor do que continuar a ler e ver como tudo actua em conjunto na realidade. Basta não esquecer ainda que:
  • os centros de pressões ocorrem a cerca de 1 000 m da superfície;
  • podem estender-se por grandes áreas;
  • podem mover-se ou permanecer na mesma zona;
  • os anticiclones e ciclones interagem entre si pois os ventos circulam das altas pressões para as baixas pressões.
Podem ainda formar-se ondas de altas e baixas pressões que se chamam, respectivamente, cristas e canais.

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